O vereador do distrito municipal de KaNyaka, apresentou no dia 22 do mês em curso, a biblioteca municipal KaNyaka, localizada na Escola Primária Completa Inhaca Noge.
A cerimónia dirigida por vereador daquele distrito municipal, Alexandre Muianga, tendo explicando na ocasião que, o acto visa exortar os alunos e a comunidade, no sentido de redobrarem esforços e garantirem que os hábitos de leitura e a massificação de acções em prol do livro estejam na linha da frente das prioridades de cada munícipe.
O vereador considerou ainda que, a cerimónia em alusão, tem lugar num momento em que o país observa a emergência, com vista a mitigar o impacto da pandemia da Covid-19, daí que, “a abertura da biblioteca significa que a escola e a comunidade, são resilientes as adversidades, ganham um acervo bibliográfico, fomentam um espaço de promoção de hábitos de leitura na comunidade de Noge em particular e no distrito municipal de KaNyaka no geral, visando o incremento de práticas leitoras e transformando os desafios em actos heróicos, tal como fez o presidente Eneas Comiche, um dos poucos moçambicanos que se formou no tempo colonial” afirmou o vereador, exortando os munícipes a aderirem aos programas de formação que o Conselho Municipal de Maputo dispõe.
Na ocasião, o dirigente recomendou ao director da Escola Primária Completa Inhaca Noge, Felisberto Milando que mobilize os professores, os alunos e a comunidade a visitarem a biblioteca.
“Não tem forma melhor do que celebrar a implantação da biblioteca. Enquanto governo do distrito municipal olhamos esta acção com perspectivas futuras e pretendemos replicar o extraordinário exemplo desta casa cultural em outros bairros . A intenção é transformar este espaço em um ponto de encontro de intelectuais de KaNyaka, onde os leitores irão visitar o acervo bibliográfico e realizarem actividades ligadas a promoção de hábitos de leitura e escrita”, referiu o vereador Alexandre Muianga.
O director da Escola Primária Completa Inhaca Noge avaliou ainda que o novo espaço proporcionará a cidadania, a inclusão social e a oportunidade de crescimento cultural aos adolescentes e jovens do distrito municipal, “a abertura da biblioteca vai contribuir para melhorar as condições de aprendizagem para os alunos e para a comunidade, vai também encurtar as distâncias percorridas pelos alunos do bairro inguane para ribuene à busca de obras literárias” disse Felisberto Milando.
No entanto, tendo em conta a importância da biblioteca e o seu papel social na comunidade, o estudante Francisco Fausto Colone disse sentir-se melhor em “ter uma biblioteca na escola, porque vai abrir a possibilidade de acesso ao conhecimento e saber, vamos aprender a ler e escrever e também requisitar alguns livros para ler com mais atenção em casa, além de que a biblioteca vai trazer para a escola e para a comunidade, um espaço onde os meus manos mais velhos da 8ª classe que não terão de ir para a Escola Secundária Inhaca-Sede a busca de livros, é por essas razões pela qual é bem-vinda a biblioteca”, completou o estudante da 7ª classe da EPC Inhaca Noge.
Já o régulo de KaNyaka, Carlos Nhaca, reforçou o conceito da educação como ferramenta da transformação social da comunidade, recorrendo a sua experiência pessoal,“ agradeço pela biblioteca ao Conselho Municipal de Maputo, que continua a acreditar no crescimento do distrito, no meu tempo estudei debaixo das árvores, agora tudo mudou, porque o governo está preocupado com o desenvolvimento da ilha de Inhaca”, explicou o régulo.
Este é um empreendimento especial que Inhaca sempre esperou e mereceu, “ congratulamos a iniciativa de criar uma biblioteca na Escola Primária Inhaca Noge, há muito tempo que esperávamos por esse momento. Sem dúvida é um grande avanço na provisão de condições para o decurso do processo de ensino e aprendizagem, todavia,não basta ter livros nas prateleiras, devemos fazer o devido uso”, exortou a aluna Inência Calisto Nhangumela em representação da comunidade da escola.
Acervo e empréstimo
O acervo da biblioteca municipal de KaNyaka é composto, inicialmente por 2.000 mil títulos. A chefe das bibliotecas municipais, Neyma Madaugy explicou que o projecto de expansão das bibliotecas visa abranger todos os bairros e no entanto, o Conselho Municipal de Maputo tem em cada distrito municipal uma biblioteca, o que concorre para o aumento dos níveis de leitura e conseguentemente a erradicação do analfabetismo.
Neyma adiantou que os Serviços Municipais de Bibliotecas e Arquivos estão a estudar estratégias com os alunos, professores e a comunidade, para a divulgação das actividades no espaço de leitura e pretendem dinamizar as várias acções que já vem desenvolvendo em outras bibliotecas, tais como a hora do conto, os clubes de leitura e debates nas bibliotecas.
Refira-se que o Conselho Municipal de Maputo, por meio da Vereação de Cultura e Turismo, passa a contar com 10 bibliotecas municipais na sua rede.
Apesar do foco na literatura moçambicana, internacional, nas prateleiras estão também títulos sobre Filosofia, Economia, Biologia, História, Geografia, Artes, Livros Didácticos, entre outros, que podem ser consultados e emprestados aos usuários devidamente registados.
“O compromisso de manter o acervo da biblioteca junto da comunidade de Noge é de facilitar o acesso aos estudos com ajuda da biblioteca, os nossos alunos terão muito tempo de convívio com os livros e isso ajudará muito os encarregados de educação, professores e a comunidade” disse o membro de conselho de escola, Afidélia Noge, e ao acrescentar o ponto sobre o democratização do acesso à informação e ao livro, Afidélia salientou que “ a biblioteca na comunidade vai trazer muitos benefícios para os próprios alunos e também para os membros do conselho de escola, assim, como conselho, podemos fazer grupo de alunos e lermos as estórias com os mesmos e também com a comunidade”, concluiu.